domingo, 23 de setembro de 2007

De volta para o futuro: Smetak imprevisto (18/09/07)


Gente, esse dia foi inusitado...
Fomos no Solar do Unhão, eu Marcos e Hugo (matemática) e nos deparamos com um "instrumento musical" de 22 metros de altura. rs

Eu digo "instrumento" pois faz parte sa exposição do artista de vanguarda Walter Smetak (1913-1984). ‘Smetak imprevisto’ reúne criações e idéias do músico que viveu à frente de seu tempo.

Meio suíço, meio barsileiro e quase baiano, ele era músico e pelo que pude notar, estava à proca da acústica perfeita. E acho que conceguiu! Criou um ovo de 22 metros que dentro dele, totalmente vedado, se tem sons inesplicáveis...

“Smetak acreditava que dentro desse estúdio era possível expandir nossos sistemas sensoriais e passar por uma experiência de transformação”, explica Jasmim Pinho, curadora do projeto.

Gente, essa exposição é aberta ao público, no Solar do Unhão... aí avi mais:

Exposição: Smetak imprevisto
Quando: de terça a 30 de setembro
Horário: de terça a domingo, de 13h às 19h
Onde: Museu de Arte Moderna da Bahia (Solar do Unhão)

bjs


quinta-feira, 20 de setembro de 2007


A gente que enfrenta a dor,
a gente que enfrenta o mal,
quando a gente fica em frente
ao mar, a gente se sente melhor"
(Nando Reis)




Solar do Unhão 18/09/07

sábado, 15 de setembro de 2007

Modernidade


Nossos filhos em um futuro não muito distante:


"Mãe, ajuda aqui que quero conversar com meus amiguinhos..."


ê... modernidade fantástica!

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Assembléia de Pedagogia vota: NÃO AO REUNI


Aff... tô tão cansada hoje... foi um dia e tanto. Logo pela manhã foi a assembléia dos estudantes de Pedagogia para colher a posição dos estudantes quanto ao REUNI.

Foi muito bom poder expor minha idéias e ouvir o que os colegas tinham a dizer, até mesmo quando a posição era contrária. O que não foi bom foi estudante de pedagogia de posição contrária, que tem problemas pessoais com o pessoal do D.A ped ficar gritando, dizendo que o D.A. não representa os estudantes, etc... etc... blz, se ela achava isso, que falasse em outro momento, não naquele em que era necessário falar sobre o REUNI, e foi lá pra frente sem dizer nada sobre o assunto, só atingir o D.A. E ainda disse que era preciso trazer mais gente entendida sobre o assunto como professores, e não nós, estudantes ( que na concepção dela não sabíamos do assunto). Ah... ela sabia, né?

Na hora que essa pessoa disse isso fiquei muito preocupada: 1º porque ela acha que os estudantes não estão na competência de falar e opinar sobre o REUNI (estariam se fizessem como ela : gritou, gritou que "o D.A. isso, o D.A. aquilo e... sou a favor do REUNI!!!"). Mas como foram 28 votos contra (o meu estava entre eles) e 3 a favor, ela disse que todos nós não sabíamos a fundo o que dizíamos.

2º porque essa mesma pessoa estava visivelmente sem base alguma de nada e sendo coargida por líderes estudantis (apoiados por partidos políticos) que estes sim, falavam até bem, com muita experiência, só que nem eram de pedagogia ( e a assembléia era de pedagogia) e quando outras pessoas contrárias ao REUNI (inscritas a falar) começavam o seu discursso, acontecia uma tremenda falta de respeito, com risadinhas, interrupções, e etc.

Acho que as pessoas, ao invés de se preocuparem em somar, querem destruir. Quando eu digo "somar", não falo em pensar igual a mim. Falo em expor opiniões e juntos, discutirmos, numa boa, sem briga ou provocações, quais os prós e os contras de determinado assunto, apresentados pelos estudantes. Mas o povo leva as coisas para o lado pessoal, que horror...

Mas o que pude perceber é que tem gente que gosta de servir de marionete de pessoas mais experientes e se dão a cara a tapa por algo que, de forma perceptível, não vem da vontade própria, da opinião formada; mas da vontade de destruir o que existe, de ser contra o D.A. e a todos. Não sou do D.A. e não tenho nada haver com ele a não ser o fato dele me representar oficialmente. Mas nem por isso vou desmerecer nem fazer provocações que não convêem ao momento.

Ah, e o mais impressionante foi gente, que é "coligada" às 3 pessoas (rs ) que votaram a favor do REUNI se esconder atrás da gente na hora da votação e levantar, timidamente, a mão que tentava se esconder os olhares que poderiam recriminá-lo pela escolha de ser CONTRA O REUNI.

Pois é... essa outra pessoa é outra marionete. Só que esta, não dá a cara a bater. Até tem um bom posicionamento com relação ao Tema discutido hoje, na minha opinião, mas é medroso e tem medo de represálias futuras.

É uma pena que aconteçam tantas intrigas na Universidade. Seria tão bom que todos se respeitassem e com nível, colocassem suas idéias... mas o que se vê ainda não é o q eu gostaria (e como pude ver, o q um monte de gente tb gostaria).

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Aprendizagem e Desenvolvimento Humano


Hoje foi, de fato, o 1º dia de aula desta disciplina citada no título desta postagem (devido à longa greve dos servidores publicos da Ufba). Como já havíamos tido um encontro anterior, a professora passou uns trechos do livro de Carlos Paris, "O animal Cultural".

Li e reli o texto com o qual fiquei e socializei hoje em sala.

O autor trata do "Ser expósito" (nossa... pensei à priori... que zorra é essa???) é o ser "exposto", posto pra fora (do ventre materno) e lançado ao mundo. "expor-se" "enfrentar o risco que faz parte de nossa condição e assumí-la" (PARIS, 2002).

Mas o expósito ao qual o autor se refere não é de ser abandonado e sim, recolhido: "Recolhido por mãos protetoras de pastores, de mulheres, de seres que custodiam a vida" (PARIS,2002 - pag. 396).

Nesse contexto, o autor trata de "Etosfera". Ele fala de "ultero cultural" e então pensei... será que é porque ele considera o útero materno o "biológico" e em si tratando de sociedade (a qual o indivíduo é exposto) ele será "moldado" ? Acho que é mais ou menos isso, Pois Paris fala que a "Etosfera" é um grande universo onde se enquadram as normas, costumes, ou seja, todo o legado histórico-cultural que existe. Afinal, o indivíduo ao nascer não poderia ser "exposto" no vácuo, né? Ele é "lançado" em uma "cadeia" de processos já existentes, e não no vazio, assim chamada de Etosfera.

Achei interessante que o autor fala que esse 'universo' não só o protege como marca sua personalidade. O processo de "encultaração" faz com que o bebezinho, desde o útero da mãe, já venha ao mundo para receber a transmição dos valores, das estruturas sociais, das relações de classe e sexo, etc...

Mas não achemos que a enculturação é generalizada e idealizada. O autor traz a metáfora o "Berço" e a "Teia de aranha" para nos ilustrar isso... o berço está alí, para afagar o bebê, para lhe acolher e favorecer o desenvolvimento da criança, mas por outro lado, se tece uma teia de aranha (pelos interesses do poder) a qual o indivíduo fica preso, e é dessa forma que ele se torna "mais um", uma força de trabalho explorada, no caso da mulher uma simples reprodutora, e a sociedade vai moldando, que quando nada você é, pelo menos, um mero consumidor.

E por falar em exploração da mulher... biologicamente ela já é o "centro" reprodutor que existe no reino animal. No nosso contexto de seres "pensantes", além disso, ela traz culturalmente uma carga discriminatória que além de reproduzir, é vista como como objeto do prazer masculino, trabalho doméstico e as vezes, duplas, triplas, jornadas de trabalho. O fato de biologicamente a mulher não ter a mesma estrutura física do homem, além dos fatores ligados à maternidade, fez com que ela sempre estivesse em situações inferiores ao longo da história, marginalizando-a em relação à vida pública e à cultura.

"... atribuindo ao homem, convenientemente, os valores de maior eficácia opressiva, e à mulher, aqueles que asseguram a submissão." (PARIS, 2002 - pag. 398)

"Tal é a sociedade em que o ser humano, menino, menina, é atirado para, ultrapassando o biológico, desenvolver sua humanidade, vigiado, não obstante, para que esta não trascenda os limites do desenvolvimento e da planificação que atentam contra os poderes estabelecidos"
(PARIS, 2002 - pag. 399)


O
u seja, não importa quem nasce, menino ou menina. Ele ultrapassa o biol´gico, desenvolve suas atividades de acordo com sua "escolhas" e etc, mas é o tempo todo vigiado pela sociedade, pela etosfera, pela tecnosfera e por isso ele não ultrapassa, não transcende os limites que o plano máximo determina ao seu desenvolvimento, pelos poderes estabelecidos.

Como mudar isso? o autor trata de uma "Antropologia Filosófica" autêntica, realista, crítica (temos que deixar de ser analfabetos críticos, como disse um colega na sala). Fazer luta de classes, de povos, das mulheres, tudo isso para a conquista DO HUMANO.

Por último, gostaria de destacar o último trecho deste texto que li, que serve como reflexão:

"Que formas adotarão essas vibrações tão íntimas do ser humano numa sociedade nova, erguida ao nível de nossas possibilidades, se formos capazes de construí-la? Só o futuro pode responder. Mas o ideal, a insatisfação, o projeto e o esforço diante do desafio de vivê-la hão de estar entre nós"
(PARIS, 2002 - pag. 401)


PARIS, Carlos. O Animal Cultura. Ed. Edfscar. 2002.